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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Vontade


"Quando ela vem, eu não sinto fome e nem durmo mais. O meu coração parece um comprimido, de tão apertado, pulsando aceleradamente, sem pausa, sem descanso. Parece a ponto de bala, pronto pra explodir. A vontade ás vezes aperta, ferve, borbulha a mais de 40°. Passa um filme que guarda todos os segundos, todos os minutos, todo silêncio, todos os abraços, todos os beijos. Ela chega e fica assim, martelando, um, dois, dez, vinte minutos… ela vai embora quando a razão grita ”Maldito coração mexicano! Um verdadeiro dramalhão, amanteigado, que derrete em demasia. Não se abra tanto assim, seu idiota! Por que está querendo tomar todo o controle da situação?”

Assim me ergo, levanto e saio forte. Resisto , seguro, não desisto… deixo minha razão bem egoísta, tomando conta de tudo. Porque ele é irresponsável demais, não sabe guiar sozinho por aí, ah se eu o deixasse falar mais alto… já estaria na sarjeta, bem ali com a poeira. Aprendi a dizer não pra emoção, e solta-la apenas na hora certa, quando alguém chamar loucamente por ela. O segredo é não pular nenhuma parte, não sair correndo atrás, querendo engolir tudo pela frente. Permito-me levar com cautela… sentindo aos poucos e deixando o vento assoprar."

Um comentário:

  1. Gostei da maneira que você descreveu esse sentimento. É tão interessante para pra pensar nisso, mas de certa forma é algo que não tem uma explicação exata, cada um tem sua propria conclusão.

    Beijo.

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