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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ballet ♥


"(...)Neste céu de sapatilhas
que sobreovoam meus olhos
minhalma bailarina
aos seus encantos se rendeu:
aquela dança não era apenas
um majestoso pas de deux
mas um etéreo e eterno
pas de Deus.
"
Carlos Dimuro

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Um certo cara

Pelos longos corredores, circula um homem. Nem alto, nem baixo. Magro, mas não muito. Branco na medida, cabelos lisos e castanhos que combinam perfeitamente com seus olhos. Usando jeans e all star branco, sempre no mesmo horário, ao entrar no elevador, ele aperta o andar 1. Com seu olhar vazio, e longe, eu o acompanho diariamente tentando imaginar onde anda seus pensamentos. Sempre sozinho, ás 4 e 20 da tarde, ele pede seu salgado de frango, uma coca-cola e se senta. Me sinto diferente quando meu olhar encontra o dele. Não sei exatamente o porquê, mas ele me traz certa paz. Ele se destaca entre os outros funcionários. Acho que pelo fato de ser mais jovem, ou mais casual. E eu realmente acho que foi isso que me encantou nele. Vivendo em seu mundo particular, curtindo sua própria companhia. Ás seis da noite, ele entra em seu carro e se vai. Fazendo com que a minha vontade de que o amanha chegue, me corroa por dentro.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sunset


Os diferentes tons de laranja se misturam magicamente no horizonte anunciando o fim de mais um dia. Ao admirar a partida do sol, sou tomada por uma grande paz interior, que me faz entrar em uma transe momentânea, que é capaz de me desligar do mundo de uma forma que nada mais é capaz de fazer. E eu realmente adoro essa sensação. os seres humanos me cansam ás vezes, sabe?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Nostalgia.

"Não consigo entender, se é bom ou mal. Assim como o ar, me parece vital."

Ando completamente alienada. Sinto falta de algo que não sei exatamente o que é. Uma coisa tão grande que é capaz de me consumir por dentro e parece que está prestes a explodir. Então, começam a surgir as primeiras lágrimas, que saem queimando de dentro de mim e encharcam o lençol do meu travesseiro e trazem mais dor, mais aflição, mais lembranças... Percebo que essas lágrimas me levam a um lugar no passado, no qual eu não queria estar novamente. A nostalgia toma conta do meu ser e me consome mais e mais. Lá fora a chuva cai. Lenta e sombria. E não há mais nada, além de lembranças e lágrimas. Só assim me dou conta de que era ali que eu queria estar. Sentindo mais uma vez o calor dos seus braços, e ouvindo as doces palavras sussurradas em meu ouvido. Se fecho meus olhos, posso sentir tudo de novo e de novo, mas isso não seria sadomasoquismo? Que se dane! Só queria que você estivesse aqui, perto de mim, me fazendo sentir aquele frio na barriga que nunca mais senti. Depois de um tempo, o sono vem, e deitada, me perco em um mundo de sonhos onde tudo parece ser real novamente. Desejando assim, não ter que abrir os olhos e me deparar com a sua ausência.